Estudo da União aponta seis projetos para ampliar transporte público em Campinas até 2054; veja detalhes
31/10/2025
(Foto: Reprodução) Modelo de VLT da cidade de Santos (SP)
Prefeitura de Santos
Seis projetos de ampliação de transporte público coletivo em Campinas foram definidos em um estudo inédito, realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Ministério das Cidades. O objetivo é aumentar a rede dos transporte por meio de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e Transporte Rápido por Ônibus (BRT) até 2054 na cidade.
🔎Atualmente, Campinas não possui VLT. O sistema foi implementado entre 1990 e 1995, sendo desativado por baixa adesão. Em 2024, o governo estadual propôs implantar o transporte ligando Campinas, Hortolândia e Sumaré ao Aeroporto de Viracopos, ainda sem desdobramentos. O projeto de trilhos em andamento é o do Trem Intercidades, que prevê ligar Campinas a São Paulo.
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Campinas possui uma rede de transporte público de 83 quilômetros. Com investimento estimado em R$ 7,75 bilhões, o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU) prevê mais:
🚆47 a 65 km por meio de 2 ou 3 projetos de VLT
🚌 20 a 38 km por meio de 3 ou 4 projetos de BRT
Em nota, a prefeitura de Campinas afirmou que o estudo se trata de uma "proposta de intenções" e que a Emdec está fornecendo informações para subsidiar os estudos, tais como demanda de usuários, número de passageiros por região e quantidade de linhas em operação.
Confira os projetos apontados pelo ENMU em Campinas
Implantação do BRT Orosimbo Maia (6,3 km);
Implantação do BRT Unicamp (8,0 km);
Implantação do BRT Miguel Burnier (6,1 km);
Implantação do VLT Viracopos - Campinas (22,1 km);
Implantação do VLT Sumaré - Campinas (24,9 km).
Projeto Santos Dumont: implantação de 18 km de VLT ou BRT elétrico
A respeito do projeto Santos Dumont, existem duas alternativas tecnológicas, BRT ou VLT. Estudo aponta que escolha da tecnologia final caberá à prefeitura da cidade e se dará em etapas seguintes.
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Segundo a União, a ampliação deverá reduzir em 10% o tempo gasto nos deslocamentos e evitar a emissão de 51 mil de toneladas de CO₂ por ano.
Além disso, a previsão é de que a implementação dos projetos reduzirá em 4% o custo operacional por viagem na região, já que tratam-se de sistemas mais eficientes que o transporte convencional.
Ainda segundo o estudo, o retorno econômico total dos benefícios sociais (redução de tempo, custo operacional, emissões e sinistros) é estimado em R$ 3,5 milhões.
Próximos passos
A Região Metropolitana de Campinas já completou as fases de Diagnóstico, Rede Estrutural Necessária e Reuniões Técnicas/Institucionais. Atualmente, está na fase de finalização do Banco de Projetos e na elaboração dos Insumos da Estratégia Nacional.
Esses produtos são essenciais para viabilizar o financiamento e a gestão dos R$ 7,7 bilhões nos projetos de Campinas.
As próximas atividades programadas para a conclusão do ENMU no final de 2025 incluem finalização das análise dos projetos, conclusão da estratégia nacional (que envolve diversifcação de financiamentos, propostas de modelo de gestão e recomendações para estados e municípios), e escolha das tecnologias (como o caso do projeto Santos Dumont mencionado acima).
Nível nacional
O ENMU concluiu a definição de 187 projetos em todo o Brasil para ampliar as redes de transporte público coletivo de média ou alta capacidade (TPC-MAC) nas 21 maiores regiões metropolitanas (RMs) do país: Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Santos, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Goiânia, Distrito Federal, Salvador, Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, Teresina, São Luís, Fortaleza, Belém e Manaus.
Ao todo, são estimados investimentos da ordem de R$ 430 bilhões, sendo R$ 230 bilhões em metrôs, R$ 31 bilhões em trens, até R$ 105 bilhões em veículos leves sobre trilhos (VLT), até R$ 80 bilhões em BRTs e R$ 3,4 bilhões em corredores exclusivos de ônibus.
Segundo o governo federal, a aceleração desses investimentos dependerá do modelo de financiamento adotado.
O que diz a prefeitura?
Confira a nota da Prefeitura de Campinas na íntegra.
"Os projetos mencionados são resultado de um estudo contratado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e pelo Ministério das Cidades nas regiões metropolitanas de todo o Brasil. Trata-se, neste momento, de uma proposta de intenções para orientar o governo federal a criar políticas para financiar esses investimentos. Nesta fase, a Emdec vem fornecendo informações para subsidiar os estudos: demanda de usuários, número de passageiros por região, quantidade de linhas em operação, etc.
A Emdec e a Setransp receberam, nesta semana, um estudo preliminar encaminhado pelo BNDES sobre o assunto. A etapa atual é de avaliação pelas áreas técnicas."
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