Roubo de cargas: operação da Polícia Federal cumpre seis mandados em Campinas
30/09/2025
(Foto: Reprodução) Roubo de cargas: operação da Polícia Federal cumpre seis mandados em Campinas
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (30), uma operação contra uma organização criminosa especializada em crimes violentos de roubo de cargas e caminhões. Ao todo, 35 mandados de prisão e 49 de busca e apreensão foram expedidos.
A investigação foi conduzida pelo grupo especializado em repressão a crimes de roubo de cargas e caminhões da Delegacia de Polícia Federal em Campinas (SP), em parceria com o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP).
Segundo a Polícia Federal, a operação envolveu 220 policiais federais e 205 policiais militares rodoviários do estado de São Paulo. Além dos mandados, foi determinado o bloqueio de R$ 40 milhões ligados à organização criminosa.
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Também foi determinada a suspensão das atividades de empresas que “comprovadamente negociaram peças de caminhões roubados ou auxiliaram na movimentação financeira da organização”. Veja, abaixo, as cidades onde os mandados foram cumpridos:
Roubo de cargas: operação da Polícia Federal cumpre seis mandados em Campinas
Polícia Federal/Divulgação
Investigação
Ainda de acordo com a Polícia Federal, os integrantes da organização criminosa são especializados no roubo de caminhões, assim como no desmanche e comercialização das peças, além da lavagem de dinheiro.
Os criminosos estão relacionados a, pelo menos, 50 crimes entre agosto de 2024 e junho de 2025. Dois homens foram apontados como líderes da organização criminosa e, quando não participaram diretamente dos roubos, foram responsáveis por recrutar integrantes.
Os crimes eram cometidos com bloqueadores de sinal de celular, GPS e Wi-Fi, o que permitia desengatar o cavalo da carreta sem alertar as centrais de monitoramento. Além disso, locavam galpões para serem usados para desmanche e transporte de peças com notas falsas.
A prática dos roubos envolvia:
a abordagem armada de veículos em movimento;
a falsa contratação de fretes por aplicativos; e
abordagem violenta das vítimas em locais de descanso dos caminhoneiros.
"Entre os integrantes da organização há sócio administrador de empresa de rastreamento de veículos por satélite, o que permitia acesso privilegiado a informações sobre tecnologias como LoRa ou LoJack nos veículos", destacou a PF.
Depois dos roubos, as peças eram vendidas em vários estados, inclusive por meio de marketplaces. A lavagem de dinheiro era feita usando contas de parentes, terceiros (laranjas e testas-de-ferro) e pessoas jurídicas.
'Meta' de roubos
Segundo os investigadores, a organização tinha a “meta” de roubar, pelo menos, dois caminhões por semana, o que, segundo estimativa dos criminosos, poderia gerar ganhos acima de R$ 1 milhão por mês.
A maioria dos investigados já tinha passagem na polícia por roubo, receptação, formação de quadrilha, tráfico, ameaça, falsidade e estelionato.
Eles devem responder por exercer o comando e integrar organização criminosa armada, lavagem de dinheiro, roubo e receptação. As penas podem passar de 40 anos de prisão.
Roubo de cargas: operação da Polícia Federal cumpre seis mandados em Campinas
Polícia Federal/Divulgação
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